Para os gremistas de boa memória

Este blog foi feito para recordarmos dos jogadores que tiveram a honra de vestir a camisa tricolor.

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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Rodrigo Fabri (2001-2003)

RODRIGO FABRI
ATACANTE
1,79 m | 75 kg

CLUBES: Portuguesa (1995-1997), Real Madrid-ESP (1998), Flamengo (1998), Santos (1999), Valladolid-ESP (1999-2000), Sporting Lisboa-POR (2000-2001), Grêmio (2001-2003), Atlético de Madrid-ESP (2003-2004), Atlético Mineiro (2004-2005), São Paulo (2006-2007), Paulista de Jundiaí-SP (2007-2008), Figueirense (2008) e Santo André (2009).

TÍTULOS: Copa das Confederações (1997), Campeonato Brasileiro (2006) e Campeonato Catarinense (2008).

PRÊMIOS: Artilheiro do Campeonato Brasileiro (2002) e Bola de Prata da Placar (1996, 1997 e 2002).

Rodrigo Fabri, artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2002, com 19 gols, permaneceu três anos no Grêmio. Mesmo sem títulos, O canhoto de qualidade inquestionável, conquistou o carinho da torcida, com ótimas atuações e belos gols.

Rodrigo Fabri começou sua carreira aos 19 anos, pela Portuguesa. No período em que foi lançado aos profissionais, a Lusa vivia seu melhor momento no futebol. Na temporada 1995, o time foi vice-campeão paulista, porém deixou a desejar no Campeonato Brasileiro, nem sequer chegando nos play-offs. Foi no ano seguinte que a carreira de Fabri deslanchou.

Sob comando do veterano treinador Valdir Espinosa, e com ótima participação de jogadores como Caio, Zé Roberto e Alex Alves, além do brilhante desempenho de Rodrigo Fabri, os paulistas chegaram a final do Campeonato Brasileiro, perdendo para o Grêmio em uma partida emocionante. Rodrigo Fabri foi premiado pela Revista Placar, como um dos melhores meio-campistas do Campeonato, ao lado do palmeirense Djalminha. Consequentemente, foi convocado para a Seleção Brasileira.

Em 1997, sem grandes reforços, a Portuguesa patinou no Campeonato Paulista, e sentiu a saída do ala esquerda Zé Roberto para o Real Madrid. No Campeonato Brasileiro, novamente fez ótima campanha chegando às semifinais, com grande destaque para Rodrigo Fabri, que mais uma vez foi premiado como Bola de Prata da Placar. Antes disso, foi convocado pelo técnico Zagallo para Copa das Confederações na Arábia Saudita, onde o Brasil foi campeão. 


Depois do sucesso meteórico logo aos 20 anos de idade, Fabri despertou o interesse do futebol europeu. Depois de ver seu salário aumentado de R$ 5 mil para R$ 25 mil, Rodrigo Fabri deveria ser vendido para a Lazio, que fazia parceria com a Portuguesa. Porém assim como fez com Zé Roberto (que estava nos planos da Lazio), Rodrigo Fabri preferiu assinar contrato com o Real Madrid. Com a baixa idade, Rodrigo acertou com os madrilenhos a permanência no Brasil para adquirir mais experiência, sendo assim foi repassado ao Flamengo, de Romário. 


A expectativa do canhoto era manter a boa forma dos tempos de Portuguesa e se manter na Seleção Brasileira, que disputaria a Copa da França no ano seguinte. Porém o rubro-negro carioca teve um Campeonato Carioca conturbado, e Rodrigo ficou de fora do grupo convocado para a Copa.


No segundo semestre de 1998, Rodrigo retornou ao Real Madrid, mas nunca participou de partidas oficiais. Foi descartado pelo treinador alemão Jupp Heynckes, porém a concorrência era desleal. O meio-campo merengue na época tinha nomes como Karembeu, Sávio, Seedorf, além do ex-companheiro de Portuguesa, Zé Roberto. Sem chances no Bernábeu, o meio-campista foi emprestado ao Santos para a temporada de 1999. Sua passagem pela Vila Belmiro foi bastante discreta, sem mostrar o futebol esperado foi devolvido ao Real. Na sua volta a Espanha, decidiu ficar por lá, optando pelo empréstimo ao Real Valladolid. Fez uma ótima campanha na segunda parte de 1999. Ajudou o pequeno clube a ficar na oitava colocação, e foi eleito Revelação da Temporada 1999/2000. No novo século, aumentou-se as expectativas em torno da possível volta de Fabri ao Real Madrid, agora para jogar de verdade. Porém o clube deu preferência a contratação do argentino Santiago Solari, do Atlético de Madrid, e Fabri acabou jogado pra escanteio novamente.

Dessa vez, foi repassado aos portugueses do Sporting Lisboa. Depois de constantes lesões, seguido de baixo rendimento, foi devolvido antes do término do contrato. Deixou Portugal abalado, com moral baixa. Até que surgiu o interesse do Grêmio. Um alívio para os espanhois. Rodrigo foi emprestado ao Grêmio praticamente de graça. Inclusive os salários do meia eram pagos pelo Real Madrid. Chegou no segundo semestre de 2001, enfrentando problemas de lesão e a falta de ritmo. 


Sua ascensão no Estádio Olímpico surgiu ao mesmo momento em que a crise financeira começava a encomodar o clube. A saída do camisa 10, Zinho, se deu em conta por causa da direção gremista não conseguir sustentar o salário do tetracampeão. Fabri chegou a jogar até na ala esquerda, até firmar-se no time de Tite. Jogando como meio-campista e principalmente como atacante, tornou-se o principal nome do time no ano de 2002.


Teve um começo de ano irregular, inclusive perdendo o penalti que eliminou o Grêmio nas semifinais da Copa Libertadores contra o paraguaio Olímpia. No Campeonato Brasileiro, sua estrela brilhou. Foi o artilheiro do Campeonato com 19 gols, com destaque para a goleada em cima por 4x0 do Corinthians, quando Fabri anotou três. E não foi apenas nessa partida a façanha. Contra Vitória e Paysandu, Rodrigo também se superou marcando três em cada partida. Recuperou o bom futebol, que segundo especialistas da época, foi a melhor fase de Fabri na sua carreira, superando a vivida nos anos 90 pela Portuguesa. 


Em 2003, prestigiado com a terceira Bola de Prata da carreira, Fabri iniciou o ano em alta no Grêmio. Devido ao ótimo ambiente criado por Tite e os jogadores, Rodrigo deixou bem claro o desejo de permanecer no Olímpico após o término do contrato com o Real Madrid, que ia até 30 de Julho de 2003. Porém o ano do centenário foi díficil. A crise financeira começou a tomar proporções preocupantes, e a eliminação precoce no Campeonato Estadual não foi surpresa, já que o clube deixou claro o desejo de priorizar a Libertadores. 


Classificado como líder do Grupo 5, o Grêmio pegou o Olimpia nas oitavas-de-finais, vingando-se com um sonoro 3x0. Porém nas quartas, acabou caindo diante de um inexperiente Independiente Medellín, resultando na saída de Tite. Ao final do vínculo, Fabri tentou convencer os merengues a renovar o empréstimo ao Grêmio, porém viu a hipótese ser rechaçada depois de ser negociado com o grande rival do Real, o Atlético.


Depois da grande recuperação no Grêmio, Rodrigo Fabri, agora com 27 anos, viu a nova chance de brilhar nos gramados de Madrid. No Atlético, brigou por vaga no ataque, tendo a concorrência dos titulares Fernando Torres e Javi Moreno, além de Arizmendi e Paunovic. Não teve o mesmo desempenho obtido em Porto Alegre, e decidiu voltar ao Brasil em 2004 para jogar pelo Atlético Mineiro. Ao lado de Danrlei, foi o principal nome do Galo, salvando os mineiros do rebaixamento. Porém no ano seguinte, não conseguiu evitar. A equipe rebaixada era formada na maioria por veteranos como Amaral, Euller e Fábio Júnior.


Como destaque positivo, apenas Fabri, que em janeiro de 2006,  já com 30 anos, assinou com o então campeão mundial, São Paulo. Nesse ano foi campeão brasileiro, porém não participou muito, apenas sendo sombra dos titulares Danilo e Souza.


Em 2007, descartado pelo clube, se recusou a jogar pelo time B, que faria excursão pela Índia. Disputou o Campeonato Brasileiro da Série B pelo Paulista de Jundiaí, que acabou rebaixado para a Série C.


Em 2008, aos 32, acertou sua volta ao Sul. Firmou contrato com o Figueirense, onde foi campeão estadual. As frequentes lesões começaram a dar sinais de que a carreira do meia estava no fim. No Campeonato Brasileiro, a equipe catarinense foi rebaixada após sete anos na Primeira Divisão.


Em 2009, acertou com o Santo André, clube de sua cidade natal, para a disputa do Campeonato Brasileiro. Jogou ao lado de outros veteranos como Marcelinho Carioca e Gustavo Nery. Infelizmente, o jogador não conseguiu adquirir boa sequência de jogos, e enfrentou seu quarto rebaixamento na carreira (terceiro consecutivo).


Sem jogar profissionalmente desde 2009, Rodrigo divide atualmente seu tempo entre as fazendas de gado no Mato Grosso do Sul e a construção civil no Guarujá e no ABC, frutos de um contrato de cinco anos assinado com o Real Madrid, em 1997. O contrato com a equipe espanhola rendeu ao jogador a tão sonhada independência financeira. Após conselhos de seu advogado, o empresário Fernando César, o ex-jogador passou a investir em gado nelore de corte.


Atualmente, quem administra as fazendas no Mato Grosso do Sul é o irmão de Rodrigo, enquanto o ex-jogador atua em São Paulo apenas para administrar algumas pendências. Já o mercado da construção civil foi apresentado ao ex-jogador por um amigo de longa data: Ilídio Lico, diretor da Lusa nos anos 90 e considerado por Rodrigo como um segundo pai. Fabri atua como investidor da construtora do ex-dirigente em algumas obras no litoral paulista e no ABC.


Para matar a saudade do futebol, Rodrigo ainda arrisca alguns toques de efeito nos gramados. Porém, os estádios da Europa e o fanatismo dos torcedores brasileiros foram trocados pela Série B do futebol de várzea de Santo André. Hoje, o eterno ídolo da Lusa defende as cores do Colorado, em homenagem a seu irmão, ex-craque do time, e aos amigos de infância.

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