Para os gremistas de boa memória

Este blog foi feito para recordarmos dos jogadores que tiveram a honra de vestir a camisa tricolor.

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domingo, 29 de janeiro de 2012

Carlos Miguel (1993-1997 e 2003)

CARLOS MIGUEL DA SILVA JÚNIOR
MEIO-CAMPISTA
1,77 m | 74 kg

CLUBES: Grêmio (1992-1997 e 2003), Sporting Lisboa-POR (1997), São Paulo (1998-2001), Internacional (2002) e Corinthians-AL (2005-2007).


TITULOS: Copa Libertadores (1995), Recopa Sul-Americana (1996), Copa Sanwa Bank (1995), Campeonato Brasileiro (1996), Copa do Brasil (1994 e 1997), Torneio Rio-São Paulo (2001), Campeonato Gaúcho (1993, 1995, 1996 e 2002) e Campeonato Paulista (1998 e 2000).


Carlos Miguel foi um meia esquerda de grande qualidade técnica, um dos principais nomes do Grêmio campeão nos anos 90.


Gaúcho de Bento Gonçalves, Carlos Miguel iniciou a carreira nas categorias de base do Grêmio no ano de 1991, ganhando destaque após a chegada de Luiz Felipe Scolari em 1993. 


Fez parte do grupo vice-campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior 91, derrotado pela Portuguesa do craque Dener. Profissionalizou-se no ano seguinte, começando como lateral-esquerdo, depois partindo para o meio campo, e até a função de segundo atacante desempenhou.


Em 1993, já assumia a titularidade do time comandado por Felipão. Nesse ano o Grêmio conquistou o Campeonato Gaúcho, título que estava sob domínio colorado desde o hexacampeonato gremista em 1990. 


No ano seguinte, recebeu a companhia de Émerson no meio-campo gremista. Essa dupla levou o Grêmio ao bicampeonato da Copa do Brasil e ao título do Campeonato Gaúcho em 1995. Na Libertadores, Émerson estava de fora após uma grave lesão sofrida em jogo válido pelo Campeonato Gaúcho. Então coube a Arílson dividir com Carlos Miguel o espaço no meio de campo no bicampeonato sulamericano. 


No ano seguinte, Émerson voltou a fazer dupla com Carlos Miguel, na campanha do título nacional. Em 1997, Carlos Miguel começou o ano com oito faixas de campeão pelo Grêmio. Na Copa do Brasil, foi o principal nome do tricampeonato, calando o Maracanã lotado, depois de uma partida emocionante contra o Flamengo do craque Romário. Foi o último titulo do meia com a camisa do Grêmio.


Após o show de futebol na Copa do Brasil, Carlos Miguel, já aos 25 anos, acertou sua saída para o Sporting Lisboa, de Portugal. Chegou no Velho Continente, gabaritado como a transferência mais cara do clube lusitano, junto do argentino Bruno Marioni (na época vindo do Estudiantes de La Plata), com valores chegando a 4 milhões de euros. 


Segundo ele, em Portugal sofreu por falsas expectativas. "O brasileiro chega a Europa com fama de fora-de-série e tem duas partidas pra provar que é craque." disse o canhoto em entrevista a Revista Placar na época. Carlos Miguel chegou a Lisboa em Julho de 1997. Em janeiro do ano seguinte já estava sendo emprestado ao São Paulo. 






Chegou no Morumbi no ínicio de 1998, para fazer, ao lado do ídolo do clube, Raí, a dupla dos sonhos do torcedor são paulino. Logo na chegada tornou-se um dos jogadores chaves do clube da capital paulista. Conduziu o clube as finais do Torneio Rio-São Paulo, mas o clube acabou sendo derrotado para o Botafogo. No Campeonato Paulista, o ex-gremista brilhou, inclusive marcando gol na final contra o badalado Corinthians. 


O sucesso foi tão grande que a direção do clube não hesitou em pagar 4,6 milhões de dólares ao Sporting no final da temporada. Até então, foi a compra mais cara da história do clube, batendo o valor de US$ 2,8 milhões pago ao Ajax em 1997 pelo zagueiro tetracampeão Márcio Santos.


No ano seguinte, o clube não conseguiu repetir a boa campanha de 98. Com o craque Raí, já com 34 anos, sofrendo com as lesões do fim da carreira, o clube do Morumbi não foi bem nos Campeonatos, e Carlos Miguel, assim como grande parte das contratações, não mostrou o futebol esperado.

Porém no ano 2000, o São Paulo voltou a jogar bem, conquistando o Campeonato Estadual novamente. Ainda chegou as finais da Copa do Brasil, sendo derrotado pelo Cruzeiro. Em 2001, Carlos Miguel viveu sua melhor fase. Além de ajudar sua equipe a conquistar o Torneio Rio-São Paulo, recebeu chances na Seleção Brasileira.


Vestiu a camisa 11 na renovada Seleção Brasileira comandada por Émerson Leão. Foi titular na Copa das Confederações do Japão, onde o Brasil acabou derrotado na Decisão do Terceiro Lugar para a Austrália. Logo na estreia, contra a Seleção de Camarões, Carlos Miguel marcou seu primeiro e único gol com a camisa da Seleção.


Depois da disputa da Copa das Confederações, voltou ao São Paulo, onde teve desempenho pífio no Campeonato Brasileiro de 2001. Nitidamente fora de forma, acertou sua saída ao término do contrato no final da temporada.


Em Janeiro de 2002 foi anunciado como reforço do Internacional. O meia-esquerda seguiu exemplo de Arílson, outro gremista bicampeão da América no Olímpico, a vestir a camisa vermelha. As negociações foram conduzidas pelo empresário Jorge Machado, que acertou um contrato de risco, com salários de 50 mil mensais e aumento para 80, caso o meia demonstrasse bom futebol. 


Ao ser anunciado pelo presidente Fernando Carvalho, mostrou serenidade, e não se importou com o fato de ter passado pelo Grêmio. "Sempre fui bem em Gre-Nais. A partir de agora as coisas começarão a mudar para o Inter. Quero retribuir dentro de campo o carinho que estou recebendo dos colorados”. disse o meio campista.


Foi titular no time colorado Campeão Gaúcho em 2002 em cima do XV de Novembro, título que acabou com o jejum que durava quatro anos sem taças. Também participou da péssima campanha que quase levou os vermelhos ao rebaixamento no Campeonato Nacional, salvos na última rodada em partida contra o Paysandu. No final do ano, foi dispensado.


Ficou treinando em academias durante o inicio de 2003, até acertar sua volta ao Grêmio. Para voltar teve de retirar um causa na Justiça do Trabalho contra o clube. Veio com o aval de Tite, já que diretores como Obino e Vallandro não concordavam com a contratação do meia. Chegou como opção para o banco, reforçando a equipe gremista para a disputa da segunda fase da Copa Libertadores, ao lado do centroavante Christian. Infelizmente, o Grêmio fracassou na busca pelo tri. 


Carlos Miguel ganhou espaço no meio de campo após a chegada do treinador Adílson Batista. Chegou a ter uma sequência de dez partidas como titular, porém sofreu lesão que o afastou dos gramados. No final da temporada, foi o primeiro a deixar o clube, que começava a fazer o desmanche do elenco.


Em 2005, com 33 anos, após um ano fora do futebol, acertou sua volta para disputar o Campeonato Alagoano pelo Corinthians local. Disputou três campeonatos estaduais pelo clube, destaque para o ano de 2007, quando foi vice-campeão, conquistando vaga na Série C do Campeonato Brasileiro.


Hoje é um dos principais jogadores do time gremista que disputa o Campeonato Brasileiro de Showbol, ao lado de ex-craques como Arílson, Dinho, Jaques, Alexandre Xoxó, entre outros. 


Diferente do futebol de campo, o esporte praticado pelos veteranos não exige um grande preparo físico, assim permitindo a Carlos Miguel, jogar com a barriguinha que tanto encomodava no final de sua carreira.

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