Para os gremistas de boa memória

Este blog foi feito para recordarmos dos jogadores que tiveram a honra de vestir a camisa tricolor.

Tenha ele sido um craque ou um cabeça de bagre, sempre estarão presentes na lembrança dos mais assíduos torcedores gremistas!


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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Guilherme (1997-1998)

GUILHERME DE CÁSSIO ALVES
ATACANTE
1,83m | 82kg


CLUBES: Marília-SP (1992), São Paulo (1993-1994), Rayo Vallecano-ESP (1994-1997), Grêmio (1997-1998), Vasco da Gama (1998-1999), Atlético Mineiro (1999-2002 e 2003), Corinthians (2002), Al Ittihad-ARA (2003), Cruzeiro (2004) e Botafogo (2005).


TÍTULOS: Mundial Interclubes (1993), Copa Libertadores (1993 e 1998), Supercopa Libertadores (1993), Recopa Sul-Americana (1994), Copa Conmebol (1994), Torneio Rio-SP (1999) e Campeonato Mineiro (1999, 2000 e 2004).


ARTILHARIA: Campeonato Brasileiro (1999), Torneio Rio-SP (1999), Copa Sul-Minas (2001) e Campeonato Mineiro (2001).




Guilherme começou sua carreira no Marília, com 18 anos, em 1992. Após se destacar no clube do interior paulista, Guilherme atraiu interesse da comissão técnica do São Paulo, e no ano seguinte, o jovem centroavante assinou com o clube de Telê Santana.

Fez parte de uma das mais brilhantes equipes do futebol brasileiro, jogando ao lado de craques como Toninho Cerezo e Raí. Foi campeão da Taça Libertadores, Supercopa Libertadores e do Mundial Interclubes apenas em 1993. No ano seguinte ainda levantou as taças da Recopa Sul-Americana e da Copa Conmebol.

Em Janeiro de 1995, foi vendido para o Rayo Vallecano, da Espanha, onde teve relativo sucesso. Logo na primeira temporada no clube espanhol, marcou 14 gols em 17 partidas, tornando-se figura principal do clube que conseguia o acesso para a Divisão Principal da Espanha. Nas duas temporadas seguintes, continuou o bom momento, marcando 10 gols na temporada 1995/96, e 14 gols na 1996/97.

Enquanto isso no Brasil, Cacalo buscava um atacante matador para suprir a saída de Paulo Nunes. Guilherme foi o nome escolhido. Uma fortuna tirou o centroavante dos gramados espanhóis. Esbanjando dinheiro, a direção gremista não exitou em pagar 3,5 milhões de dólares ao Rayo. O então presidente gremista ainda foi buscar Sérgio Manoel no Japão e Beto no Napoli, essa última, considerada a transferência mais cara da história do Grêmio, considerando os valores monetários da época.

Guilherme foi o principal nome do Grêmio no segundo semestre de 1997, o responsável por manter a equipe na Primeira Divisão. Depois de conquistar a Copa do Brasil, o Grêmio sofreu com as saídas de Émerson, Carlos Miguel e Paulo Nunes, sem falar que os reforços milionários de Cacalo não renderam nada do esperado.

Nessa temporada o Tricolor viveu momentos fatídicos, como a derrota para o Internacional por 5x2 em pleno Estádio Olímpico, além de outros vexames como o 4x1 aplicado pelo Guarani em Porto Alegre, e também resultados fora de casa como a derrota por 6x0 para o Goiás e os 5x1 para o Palmeiras.

No ano seguinte, Guilherme protagonizou uma polêmica que certamente selou sua saída do Grêmio. Ao tentar escapar da concentração junto do meio-campista Beto, Guilherme tentou fugir pulando um muro de cerca de três metros. Teve um ferimento na cabeça e ainda foi ameaçado pela segurança de uma churrascaria que o confundiu com um ladrão.

Auxiliado por policiais, o fujão retornou à concentração com a cabeça enfaixada. Esse episódio selou seu desligamento do Grêmio, culminando em sua saída para o Vasco.



Fez parte do grupo vascaíno que venceu a Copa Libertadores da América. O primeiro ano de Guilherme no Rio de Janeiro não foi dos melhores, pois apesar do título, não foi muito aproveitado.

Porém no ano seguinte, Guilherme estourou, sendo artilheiro do Torneio Rio-São Paulo vencido pelo time de São Januário, com uma grande vitória na final contra o Santos com placar de 5x2.


Na segunda metade de 1999, Guilherme acertou com o Atlético Mineiro para a disputa do Campeonato Brasileiro. No time de Belo Horizonte viveu o melhor momento de sua carreira. Foi o jogador mais importante na boa campanha do Galo que foi vice-campeão, perdendo para o Corinthians.

Guilherme foi o artilheiro do Campeonato, com 28 gols, tornando-se ídolo da massa atleticana, batendo recordes no clube. Além disso bateu o recorde de gols do Campeonato Nacional, derrotando Edmundo que fez 27 no ano de 1997. Na primeira partida da finalíssima, disputada no Estádio Mineirão, ele fez os três gols da vitória por 3x2 do Atlético. Porém no segundo jogo, não evitou a derrota por 2x0, que sagrou o Corinthians campeão.


Venceu dois Campeonatos Mineiros (1999 e 2000) pelo Atlético. Sempre como o destaque do clube, que fez ótimas campanhas nesse período. o auge chegou no ano 2001, quando Guilherme foi convocado pelo técnico Luiz Felipe Scolari para a disputa da Copa América na Colômbia.

Guilherme foi titular durante toda a competição, vestindo a camisa 9. Seu unico gol foi contra a Seleção Peruana na fase de grupos. Infelizmente o time de Felipão falhou sendo derrotado pela Seleção de Honduras. Esse jogo pode ser considerado uma das maiores derrotas na história da Seleção.

Em 2002 foi emprestado ao Corinthians até o término do Campeonato Brasileiro. Teve grande participação na trajetória do clube paulista que chegou as finais do Campeonato, sendo derrotado apenas para o Santos, dos craques Robinho e Diego.

No entanto, a passagem de Guilherme pelo Corinthians não ficou marcada apenas por gols. Em outubro, o jogador se envolveu, próximo à cidade de Marília, num grave acidente automobilístico que resultou na morte de duas pessoas.

No final do ano, foi anunciada sua volta ao Atlético para 2003.
Sua aguardada volta não teve o impacto esperado. Guilherme não mostrou bom porte físico e os gols que marcou sua passagem pelo Galo já não apareciam como antes. No meio do ano, foi anunciado como novo reforço do Al Ittihad, da Arábia Saudita.

No ano de 2004, surpreendeu a todos ao assinar contrato com o Cruzeiro.

Lá voltou a ser Campeão Mineiro, fazendo 13 gols em 39 partidas durante toda a temporada.

Aos 30 anos, as lesões atrapalharam sua sequência na Raposa. No final da temporada deixou o clube para assinar pelo Botafogo.

Ao lado de Ramon Menezes, teve seu salário pago pela Kappa. Embora tenha sido o artilheiro do clube no Campeonato Carioca com 5 gols, Guilherme era perseguido pela torcida pela pouca mobilidade nos jogos do clube e pela ausência de gols no restante da temporada.

Uma lesão o afastou do time e prejudicou ainda mais sua passagem pelo time. Voltou ao final daquele ano, mas não permaneceu para a temporada seguinte, pois encerrou sua carreira nos gramados após se contundir.

Hoje em dia, começa a dar seus primeiros passos como treinador de futebol. Seu primeiro clube foi o Ipatinga. Antes disso trabalhou como auxiliar técnico no Marília e no Atlético Mineiro, ao lado de profissionais como Nei Pandolfo e Freddy Rincón.

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