Para os gremistas de boa memória

Este blog foi feito para recordarmos dos jogadores que tiveram a honra de vestir a camisa tricolor.

Tenha ele sido um craque ou um cabeça de bagre, sempre estarão presentes na lembrança dos mais assíduos torcedores gremistas!


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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Arílson (1994-1995, 1999 e 2004)

ARÍLSON GILBERTO DA COSTA
MEIO-CAMPISTA
1,77m 74kg

CLUBES: Esportivo-RS (1991-1993), Grêmio (1993-1995, 1999 e 2004), Kaiserslauten-ALE (1995-1996), Internacional (1996-1997), Palmeiras (1998), Real Valladolid-ESP (1999-2000), América-MG (2000), Universidad de Chile-CHI (2001), XV de Novembro-RS (2002), Portuguesa (2002), Avaí (2002-2003), Al Ettifaq-ARA (2003-2004), Santa Fé-COL (2004), Farroupilha-RS (2005), América-RN (2005), Sampaio Corrêa-MA (2006), Glória-RS (2007), Imbituba-SC (2007 e 2011), São Luiz-RS (2008), Itinga-MA (2008) e 14 de Julho-RS (2009).

TÍTULOS: Copa Libertadores (1995), Copa Mercosul (1998), Copa do Brasil (1994 e 1998), Copa Sul-Minas (2000), Copa Sul (1999), Campeonato Gaúcho (1995, 1997 e 1999) e Copa da Alemanha (1996).



Arílson Gilberto da Costa, meio-campista técnico e vigoroso, tinha tudo para ser um meia moderno. Mas por causa do seu temperamento instável, se meteu em vários problemas disciplinares.

Chegou ao Grêmio em 1994, oriundo do Esportivo de Bento Gonçalves, por uma verba de 30 mil dólares. Logo aos 20 anos, tornou-se um dos destaques do time de Felipão, que conquistou a Copa do Brasil, garantindo vaga na Taça Libertadores do ano seguinte.
1995 foi o ano de Arílson.
O bom desempenho no Grêmio, que faturava tudo, rendeu ao jogador as primeiras convocações para a Seleção Brasileira, e uma transferência para o futebol europeu.


Nesse ano, Arílson ganhou chance no grupo de Zagallo para defender as Olímpiadas de Atlanta. Sua estreia na Seleção seria emblemática: numa vitória do Brasil por 1x0 sobre a Argentina, em Buenos Aires, ele entrou no segundo tempo. Três minutos depois, foi expulso.

Em 1996, quando já estava na Alemanha, o meia aprontou a confusão, que com certeza, mais marcou na sua carreira. E ali começaria o declínio de sua carreira. Insatisfeito por perder a posição de titular na Seleção, o meia abandonou o grupo no Pré-Olímpico. "Ele nunca mais joga aqui", anunciou na época, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.



As confusões não pararam por aí. Após o banimento de Teixeira, Arílson entrou em rota de colisão com o capitão do Kaiserslauten, Andreas Brehme. Segundo Arílson, após deixar o clube alemão, os demais jogadores tinham inveja do alto salário dele.


Arílson não teve chances na queda de braço com Brehme, capitão e ídolo do time. Apenas seis meses após ser contratado, Arílson foi dispensado, e Brehme permaneceu no clube, saindo apenas em 1998 após completar doze anos de Kaiserslauten.


Em 1996, chocou o Rio Grande ao assinar com o Internacional depois de deixar o Grêmio a menos de um ano. No Colorado foi o líder da equipe, que fez ótimo Campeonato Brasileiro no ano de 1997.

Nesse mesmo ano foi peça essencial na conquista do Campeonato Estadual, com gol de Fabiano, grande amigo de Arílson, o Inter venceu o Campeonato que não conquistava desde 1994. No Campeonato Nacional, levou os colorados ao terceiro lugar. No fim da temporada, a ideia dos vermelhos era vender Arílson ao futebol europeu. O Paris Saint-German surgia como o principal interessado.

Porém devido as lesões na fase final do Campeonato, as negociações com o time de Raí esfriaram, e Arílson acabou no Palmeiras.

Em 1998, o Palmeiras de Felipão começava a se formar como o melhor time do Brasil. Além de Arílson, Luiz Felipe Scolari ainda levou peças importantes do time gremista campeão da América.

Arce foi contratado, assim como o atacante Paulo Nunes que estava no Benfica. Além de conquistar a primeira Copa do Brasil da equipe paulista, Arílson ajudou na consquista da inédita Copa Mercosul.

Ao fim da temporada, foi liberado para negociar seu retorno ao Grêmio.

Chegou a Porto Alegre como o principal reforço gremista para 1999, para substituir Rodrigo Mendes, que voltara ao Flamengo. Porém a desconfiança era grande sobre o meia, tanto que o acordo foi fechado com um contrato de risco. "Chega de fazer bobagem" prometeu Arílson. "Sei que posso estar tendo minha grande chance".

Sua segunda passagem pelo Tricolor foi discreta. Nesse ano o Grêmio conquistou o Campeonato Gaúcho e a Copa Sul. Ao término do primeiro semestre, foi liberado pelo técnico Celso Roth, e assinou com o Real Valladolid, da Espanha.

"O Arílson é uma pessoa muito explosiva, colérico por natureza, sem equilíbrio emocional." disparou Roth, logo após a sua saída.

Na Espanha não conseguiu demonstrar o futebol esperado, sofreu com o alcoolismo e o excesso de peso, passou grande parte do tempo no banco de reservas.

No ano de 2000, pediu para retornar o Brasil. Assinou com o América Mineiro, onde reencontrou outros ex-companheiros de Grêmio, como Palhinha e Zé Afonso, também em decadência no futebol.

Pelo clube mineiro conquistou a Copa Sul Minas em cima do Cruzeiro, e ajudou a equipe a manter-se na elite do futebol brasileiro.

Em 2001, assinou contrato com o Universidad de Chile, aos 27 anos de idade.

"A Arilson le encantaba el trago y la fiesta." foi a frase estampada recentemente em um site chileno na qual noticiava as doze contratações mais decepcionantes no futebol chileno. Sua passagem ficou marcada por um fato que certamente Arílson não gosta de lembrar.

Ele foi preso por dirigir completamente embriagado pelas ruas de Santiago. [1]

Em 2002, assinou com o XV de Campo Bom, clube em ascensão no futebol gaúcho.

Fez parte do grupo vice-campeão gaúcho, perdendo na final para o Internacional, que não vencia o Campeonato Estadual desde 1997, quando Arílson ainda era o camisa 10 dos colorados.

No segundo semestre, disputou o Campeonato Brasileiro pela Portuguesa, porém no mês de Setembro, foi dispensado pela equipe do Canindé por faltar aos treinos. [2]

Depois disso acertou com o Avaí. Conformado com a reserva, não se esforçou para ganhar espaço no clube catarinense e jogou pouco. Em 2003 rumou para a Arabia Saudita, onde vestiu a camisa do Al-Ittifaq.

Ao fim da temporada, foi dispensado por insuficiência técnica. Com sérios problemas, incluindo vícios e falta de dinheiro, aceitou a proposta do Santá Fé, da Colômbia, com grande expectativa por parte do clube.

"Ele tem uma carreira muito interessante, porque é um jogador que internacionalmente tem muita trajetória, de grandes condições técnicas, e que além disso conquistou títulos. Tomara que tudo isso também seja uma contribuição para o Santa Fé", afirmou Germán González, auxiliar-técnico da equipe. Porém, mais uma vez decepcionou. [3]

Permaneceu no clube colombiano durante o primeiro semestre de 2004.

No dia 17 de agosto, acertou sua volta ao Grêmio.


Mais magro e com menos cabelo, Arílson chegou dizendo que havia abandonado o alcool, buscou auxílio de um psiquiatra e participava de um grupo de reabilitação para dependentes quimicos.

Primeiramente, Arílson havia pedido apenas para treinar no clube. O esforço do jogador entusiasmou o então técnico José Luiz Plein, que necessitava de armadores. O esforço de Arílson era nítido, mas não foi suficiente para evitar o desastre eminente.


Com a pior campanha da história do Campeonato Brasileiro dos pontos corridos, o Grêmio foi rebaixado e o ciclo de Arílson nos grandes gramados do futebol brasileiro, enfim terminava.


Depois disso, Arílson defendeu o Farroupilha no Gauchão de 2005, ainda passou pelo futebol nordestino defendendo o América de Natal. Em 2007, voltou ao Sul para jogar pelo Glória de Vacaria.

Em Santa Catarina, esteve no Imbituba e no Cidade Azul. Ainda passou pelo São Luiz de Ijuí e no Itinga do Maranhão, além do 14 de Julho, de Santana do Livramento.

Em 2011, retornou ao futebol profissional para defender o Imbituba, que havia subido para a Primeira Divisão do Campeonato Catarinense. Após o término do Campeonato, Arílson aceitou trabalhar como técnico nas categorias-de-base do clube ao lado de outros veteranos como Sérgio e Müller, hoje comentarista.

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